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Empresa da Argentina entrou em campo repentinamente, contratada por organização do “corredor Centro-Norte”. 2n463b
Artigos ‘estranhos’ sobre a Hidrovia Paraguai-Paraná surgem o tempo todo, muitos deles direcionados a intervenções no rio Paraguai, em seu trecho no Pantanal — um quadro indicativo de que os interesses em jogo são diversos e de risco.
Os mais recentes registros 322aw
– A empresa argentina Serman & Associados foi contratada pela Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) para concluir, por meio de um estudo com “base em cálculos matemáticos”, que não há problema em dragar o rio Paraguai, pois não ocorrerão efeitos negativos para o Pantanal. A informação, publicada no CG News, vem acompanhada de terminologias com aparência técnica, do tipo “mudanças hidrodinâmicas entre a situação sem e com dragagem são de magnitude muito pequena” ou “foi medido o impacto morfológico…”. As conclusões referem-se a “apenas” 12 pontos de intervenção. A notícia é do dia 6 de junho de 2025.
– Um registro importante, que vem no bojo da informação anterior, é que o evento gerador da notícia ocorreu no dia 5/10/25, em Corumbá (MS), promovido por uma organização apresentada como “Agência de Desenvolvimento Sustentável das Hidrovias e dos Corredores de Exportação (Adecon)”, mas que, no site correspondente, é traduzida como “Agência de Desenvolvimento Sustentável do Corredor Centro-Norte”. Indicam que o “Corredor Centro-Norte abrange os Estados do Maranhão, Piauí, Tocantins, Goiás e os municípios do sul do Pará e do nordeste de Mato Grosso, e é interligado ao Matopiba, em parte, pelos Estados do Maranhão, Piauí, Pará, Tocantins, Mato Grosso e Bahia”.
Sem Mato Grosso do Sul. Qual a razão para quererem ampliar território, trazendo empresa da Argentina? 1w4g3o
– O DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) financiou, na década ada, estudo via Universidade Federal do Paraná, com indicações distintas das da empresa argentina.
– No dia 10 de junho de 2025, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) apresentou, para a Associação Latino-Americana de Integração (ALADI), a proposta de concessão do trecho entre Corumbá (MS) e a foz do rio Apa, localizada no município de Porto Murtinho (MS), e o leito do Canal do Tamengo, no trecho compreendido no município de Corumbá. A extensão total do projeto é de 600 km. O encontro, segundo a agência, reforça o compromisso em dialogar com todos os envolvidos na licitação, inclusive entes internacionais. Participaram da reunião representantes dos Ministérios das Relações Exteriores e do Planejamento e Orçamento; o secretário de Hidrovias e Navegação do Ministério de Portos e Aeroportos, Dino Antunes; e representantes da ALADI.